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Rock in Rio 2015: Renovado, Deftones fecha Palco Sunset com ótimo show

Foto: Adriana Vieira
Chino Moreno do Deftones em ação no Rock in Rio
Por Bruno Eduardo

O Deftones apareceu pela primeira vez no Brasil na terceira edição do Rock in Rio em 2001. Na época, eles tinham acabado de lançar o magnífico White Pony, que iniciava a caminhada do grupo em direção à outras trincheiras musicais. Essa fórmula de rock dessegmentado ganhou mais força ainda nos seus dois últimos - e ótimos - trabalhos. Com guitarra pesada, belas passagens melódicas e ritmo arrastado, a faixa "Diamond Eyes" - que abre o show desta noite - é apenas um exemplo do que se tornara o som do Deftones - outro é "Rocket Skates", que veio em seguida. 

A apresentação do grupo é também cheia de nuances. Tanto que até "My Own Summer", do pesadíssimo Around The Fur (lançado no fim dos anos noventa), ganhou contornos psicodélicos no baixo de Sergio Vega. O que o Deftones mostrou no Rock in Rio é que aquela banda de catorze anos atrás surge hoje renovada e devidamente lapidada pelo tempo. A transpiração californiana do nu-metal deu lugar à inspiração britânica da dupla Radiohead / Depeche Mode. Com isso, o grupo atrai uma enorme legião de seguidores, que cultuam o rock inventivo e melancólico, mas que emociona acima de tudo.

Seja relaxando nas guitarradas sensuais de "Sextape"; viajando na nostálgica "Knife Party"; ou pulando sem parar na pesadona "Swerve City", os fãs do Deftones se mostraram conectados com a banda durante os sessenta minutos de show. Esse foi certamente um dos momentos de maior sinergia entre banda-público deste Rock in Rio.

Foto: Adriana Vieira
Pose característica de Moreno nos shows do Deftones
Vestindo uma camiseta com a estampa de Morrissey, Chino Moreno foi o único que se comunicou com o público durante o show. Em "Passenger", o frontman fez questão cantar no meio do povão, proporcionando um dos melhores momentos da noite. Na volta ao palco, com uma bandeira do Brasil pendurada em seu ombro, ele chamou na guitarra os acordes da balada "Change (In The House Of Flies)", com direito a coreografia e coral do público.

O grupo também não deixou de fazer referência às origens, representando a fase nu-metal com as pancadas "Engine No.9" - do disco Adrenaline - e "Head Up" (esta com cenas de Bruce Lee no telão), onde promoveram as rodas de pogo e o pula-pula generalizado frente ao Palco Sunset, finalizando assim, um dos melhore shows de rock do festival. 


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