Iron Maiden reúne 42 mil 'irmãos de sangue' em seu último show no Brasil
Foto: Gabriel Quintão
Bruce Dickinson soltou a voz no último show do Iron Maiden no Brasil |
É... Acabou! O Iron Maiden encerrou neste sábado, em São Paulo, a “The Book Of Souls World Tour” pelo Brasil. Ao todo foram cinco apresentações no país, começando no Rio de Janeiro (saiba como foi AQUI), e passando também por Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza.
Na véspera de páscoa, o Allianz Parque recebeu nada mais, nada menos do que 42 mil pessoas, todas sedentas para assistir ao que muitos consideram ser o maior número de entretenimento do heavy metal mundial - que como todos já devem saber, trata-se de um show do Iron Maiden. O clássico "Doctor Doctor" da banda UFO anunciava que o show da Donzela de Ferro estava para começar, quando por volta das 21h30, a banda subiu no palco para dar início a uma noite inesquecível. Em um clima místico e misterioso, o show contou com um Bruce Dickinson muito mais teatral do que costumamos ver, mas com a simpatia e o carisma de sempre. Performático, o cantor correu e pulou de um lado para o outro durante toda a apresentação, acompanhado sempre do seu grito de guerra tradicional: "Scream for me, São Paulo!". Mas o melhor de tudo foi poder ver de perto a sua incrível recuperação de um câncer na língua, com o bônus de ouvir uma voz ainda mais potente do que pudemos conferir em algumas passagens anteriores. “Este é o último show no Brasil, então guardamos o melhor para o final”, prometeu Dickinson.
O setlist da banda seguiu sem alterações. O show começou com “If Eternity Should Fail”, faixa do novo disco The Book Of Souls, seguida do novo single da banda, “Speed Of Light” - com o clipe da música sendo exibido nos telões. Entre as diversas trocas de cenários e figurinos de Bruce Dickinson, a banda mesclava clássicos ("Children Of The Damned") e músicas do novo álbum, como "Tears Of A Clown" e “The Red And The Black” - que levou os fãs à loucura com seus 15 minutos de maestria e vigor. Não daria para deixar de ressaltar também a energia do guitarrista Janick Gers e a sincronia - de sempre - do trio de guitarristas, que fazem a alegria dos seguidores da banda há mais de quinze anos. Apoiados pela técnica precisa de Nicko McBrain e do imortal Steve Harris, o Iron Maiden consegue sustentar como poucas bandas no mundo, um show empolgante do início ao fim, onde você percebe que a cada nova turnê, eles ressurgem melhores e mais vivos do que nunca!
Foto: Gabriel Quintão
Trio de respeito: Dave Murray, Steve Harris e Adrian Smith |
Antes do bis, eles cantam "Iron Maiden" e saem do palco por alguns minutos. Na volta, o hino “The Number Of The Beast” trouxe um cenário com imagens que lembraram a época daquela banda satânica que assustou o mundo. Em contra-partida, um momento de calmaria tomou conta do público com a melódica “Blood Brothers” - com um público quase ensaiado entre palmas e brilhos de celulares!
Do disco Somewhere In Time, veio a derradeira "Wasted Years", que teve seu refrão cantado com força pela enorme legião de fiéis, que parecia não querer sair do transe. Afinal, eles estavam diante de algo que é muito mais do que um concerto de rock. Muito mais até do que um grande e épico show de entretenimento. Na verdade, eles estavam em um fatídico encontro de “irmãos de sangue”, unidos pela melhor banda de heavy metal do mundo. Up The Irons!
Foto: Gabriel Quintão
Fãs da banda, batizados por Bruce Dickinson como: "Irmãos de Sangue" |
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