De volta ao Rio com show próprio após nove anos, Megadeth é nostálgico e relevante
Mustaine liderou o Megadeth em show cheio de clássicos (Foto: Amanda Respício) |
Mesmo sendo carta marcada no país, o retorno do Megadeth ao Rio após quatro anos guardava algumas novidades. A banda esteve aqui como abertura para o Sabbath em 2013, mas desde 2008 não se apresenta na cidade com show próprio. Então a noite reservava boas novas, principalmente na formação da banda, que apresentava pela primeira vez ao público carioca, o guitarrista Kiko Loureiro, que parece estar mais ambientado que nunca ao grupo liderado por Dave Mustaine. Da formação clássica, que gravou quatro álbuns - contando o petardo Rust in Peace e o ótimo Countdown To Extinction - há além de Mustaine, o baixista David Ellefson.
O show começou na melhor forma possível, com "Hangar 18", seguindo para algumas pancadas dos primeiros trabalhos ("Wake Up Dead", "In My Darkest Hour") e alguns hits que já completam vinte anos, como é o caso de "Trust", um dos últimos sucessos do grupo com participação do saudoso Nick Menza, falecido no ano passado. Mesmo divulgando seu novo trabalho, o já respeitado por crítica e público, Dystopia, a apresentação desta noite é marcada por um caráter nostálgico. Do último álbum, quatro canções são apresentadas (com destaque para a ótima "The Threat is Real"), no entanto, a noite ganha forma quando eles trazem ao público aquela banda que fez parte da programação da MTV nos anos noventa. De Youthanasia, a já esperada "A Tout Le Monde", e outra nem tão esperada assim, mas grata presença: "Sweating Bullets" (do disco Countdown). Outro destaque no repertório foi a presença de "Mechanix", canção escrita por Mustaine na época em que integrava o Metallica, e que inclusive foi lançada por sua ex-banda com o título de "The Four Horsemen".
Kiko Loureiro foi um dos mais exaltados pelo público (Foto: Amanda Respício) |
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