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Pavilhão 9 mantém DNA no ótimo "Antes Durante Depois", seu primeiro disco em 11 anos

Após longo hiato, Pavilhão 9 está de volta com novo disco de inéditas
PAVILHÃO 9
"Antes Durante Depois"
Deckdisc; 2017
Por Ricardo Alfredo Flavio


Onze anos se passaram desde o último disco, 'Público Alvo', e cinco anos após a última reunião (para o show no Lollapalooza/2012), eis que os camaradas aliados do Grajaú, Zona Sul de São Paulo, Rhossi e Doze, decidem se unir novamente e, com time totalmente novo, lançam outra pedrada no mercado, intitulada: 'Antes Durante Depois'!

Para uma banda que nunca escondeu a queda para, literalmente, meter o dedo na ferida, e, com a humildade de não querer mudar a cabeça de ninguém, mas, abrir os olhos de todos para a realidade, nesses onze anos de hiato, acumulou-se material farto para ser trabalhado e cuspido sem dó na cara dos acomodados. As críticas sociais e políticas estão todas aí, tinindo.

Desde que saiu o primeiro single, “Tudo Por Dinheiro”, lançado nas plataformas digitais e com clipe no YouTube em julho passado, e ouvindo todas as outras nove faixas que compõe o álbum, de duas coisas têm-se certeza, a contundência das letras, presentes desde o primeiro álbum, Primeiro Ato (1992) e o peso sonoro característico dos clássicos discos Cadeia Nacional (1997), Se Deus Vier, Que Venha Armado (1998) e Reação (2000) estão inalterados. Mesmice? Não! DNA próprio, bem definido e bem feito.


Para esse renascimento, Rhossi e Doze convocaram um time bom, composto por Heitor Gomes no baixo (ex-Charlie Brown Jr. e CPM22), Rafael Bombeck na guitarra, Leco Canali (ex-Tolerância Zero) na bateria e o DJ MF, que não poderia faltar, na mais importante banda do rap-metal-core brasileira.

Da marcação do baixo, a guitarra pesada e o scratch que abrem o disco com “Antes Durante Depois”, de letra que me parece autobiográfica, passando por cacetadas como o já citado primeiro single “Tudo Por Dinheiro”, ou as ótimas “Acredita Não Duvida” ou “Os Guerreiros” até o encerramento suave com “Na Malandragem”, temos dez faixas curtas e certeiras, sem enrolação, sem lenga-lenga, é pau puro, o melhor do gangsta rap tupiniquim em pleno 2017!

Te cuida Rage Against de Machine! Pavilhão 9 na área! Com promessa de turnê em todo o país e, esperamos, que a volta não seja efêmera.

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