Vai começar mais um Rock in Rio! Veja como ficou a nova Cidade do Rock em Lisboa
O palco mundo quase pronto para o início do festival [Foto: Marcelo Alves] |
Por Marcelo Alves
O Rock in Rio está de volta a Lisboa para a sua oitava edição a partir deste sábado, no parque da Bela Vista. Dois dias antes do pontapé inicial do festival que terá Muse, Bruno Mars, The Killers e Katy Perry como headliners, o Rock on Board foi conhecer como está a Cidade do Rock e teve acesso aos camarins dos astros.
O Rock in Rio está de volta a Lisboa para a sua oitava edição a partir deste sábado, no parque da Bela Vista. Dois dias antes do pontapé inicial do festival que terá Muse, Bruno Mars, The Killers e Katy Perry como headliners, o Rock on Board foi conhecer como está a Cidade do Rock e teve acesso aos camarins dos astros.
O espaço destinado aos artistas tem
uma área comum de convivência e confraternização para aqueles que quiserem
socializar e bater um papo antes e depois dos shows. No mesmo local, há ainda
um espaço para os artistas receberem massagens.
A área comum dos camarins, onde os artistas poderão se encontrar - Marcelo Alves |
Além da área comum, há ainda quatro
camarins, um para cada um dos quatro artistas que tocarão a cada dia no palco
mundo. Os tamanhos variam de acordo com o nível de importância da banda que se
apresenta a cada dia. Ou seja, o headliner tem um espaço maior, a banda que se
apresenta imediatamente antes da atração principal tem um espaço um pouco menor
e assim por diante.
Camarim onde ficarão nomes como Muse, Katy Perry e Bruno Mars [Marcelo Alves] |
A decoração de todos é semelhante e de acordo
com o tema idealizado pelo festival: a natureza e a sustentabilidade. Além da
natural presença do verde, foram pensados para a decoração móveis em tons
castanhos e com um estilo rústico. Tudo com o objetivo de fazer o artista se
sentir bem e inspirado para tocar no palco.
Outro camarim que receberá uma das estrelas do festival [Marcelo Alves] |
Após os incêndios que afetaram
Portugal no verão do ano passado, o braço português do Rock in Rio se engajou
ainda mais nestas questões da natureza e da sustentabilidade. No início do mês
o festival já havia criado um movimento de apoio à floresta batizado de “Está
tudo conectado”, que contou com a adesão de diversos artistas portugueses. O
festival também se juntou à APC – Instrumentos Musicais e à Câmara Municipal de
Braga para construir três guitarras a partir de madeira de árvores queimadas
nos incêndios. As guitarras e outros artigos doados e autografados por artistas
da edição deste ano do festival serão leiloadas na plataforma online eSolidar.
O valor será revertidos para a Liga de Protecção da Natureza (LPN).
A edição desse ano também parece ter
astros menos exigentes do que em outras épocas. Ao contrário dos Rolling
Stones, que exigiram três meses de preparação da produção do festival em 2014,
e de Paul McCartney, cuja lista de exigências também fez a produção trabalhar
um pouquinho mais, os artistas da edição deste ano estão mais low profile.
Com exceção de uma ou outra água
vulcânica, o tradicional pedido de bebidas alcoólicas foi trocado por muita
comida orgânica. Ingrid Berger, coordenadora dos camarins do palco mundo, falou sobre o assunto:
A maioria doa artistas são super orgânicos. Está todo mundo na pegada vegana, vegetariana. Muita coisa orgânica de verdade. Até com certificado. Muita comidinha leve. Sempre saladinha, grelhados, estas coisas todas. Eles pedem umas águas que são vulcânicas que é a Fiji, que é uma água difícil de encontrar, mas é uma água pura e muito cara também, que não encontramos aqui. Esse ano, os artistas, por maior que sejam, como a Katy Perry, Bruno Mars, Jesie J, eles estão numa pegada muito sustentável, super saudáveis. Eu olho e vejo que não tem nada de especial. Tem uma barra de cereal de um nome diferente, que não tem aqui. Ou uma barra de proteína. Ou uma bebida que se chama Kombucha, que todo mundo está bebendo agora, super legal, que faz super bem. É muito mais pegada orgânica e natural do que junk food. Acabou essa fase de muito álcool, muita comida. Essa fase acabou.
Bailarinos ensaiam uma cena do filme "Grease" na Pop District [Marcelo Alves] |
O festival deste ano tem algumas
novidades. Uma delas é um quarteirão destinado a cultura pop que promete
divertir o público nas horas vagas ou durante os shows que alguns não quiserem
assistir. O espaço tem inspiração na pop art de Andy Warhol e em jogos
como Pacman e Super Mário. No espaço também haverá exibição de conteúdos
exclusivos de filmes que ainda entrarão em cartaz como “Missão Impossível –
Efeito Fallout” e “Animais Fantásticos: os crimes de Grindelwald”. Além, é
claro, da arena de games.
Assim como na edição do Rio de
Janeiro no ano passado, a Rock Street de Lisboa também será dedicada à África.
Por lá vão passar artistas como Ferro Gaita, do Cabo Verde, Moh! Kouyaté, da Guiné,
e Nástio Mosquito, de Angola.
O palco da Rock Street, cujo tema será a África [Marcelo Alves] |
A Rock Street com a roda gigante ao fundo [Marcelo Alves] |
Outra semelhança com a edição carioca
é a presença de dois brinquedos que fazem muito sucesso no festival do Brasil: roda
gigante e a tirolesa. Além do palco secundário de shows, que em Lisboa se chama
Music Valey. Ao contrário do Sunset na versão carioca, que costuma apostar em
algumas misturas e parcerias, o Music Valley é um espaço para mais shows de
artistas. Por lá passarão nomes como as brasileiras Anavitória, Capitão Fausto
e Deejay Kamala.
A cidade do rock montada no Parque da Bela Vista [Marcelo Alves] |
O Rock in Rio acontecerá em dois fins
de semana em Lisboa. Neste sábado e domingo e na sexta e sábado da próxima semana.
Pelo palco mundo, além dos artistas já citados, passarão nomes como Jessie J,
The Chemical Brothers, Anitta, Ivete Sangalo, Demi Lovato e Bastille. Além
deles, também tocarão no palco mundo artistas locais como a banda Xutos e
Pontapés, que já tocou no Rio, em 2011, e o cantor Diogo Piçarra.
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