Rock in Rio: Misturando sucessos e várias covers, Weezer enfim estreia no Rio
Rivers Cuomo do Weezer em seu primeiro show no Rio [Foto: Adriana Vieira] |
Por Bruno Eduardo
Nas últimas edições, o Rock in Rio vem sendo duramente (e justamente) criticado por repetir as atrações na escolha do seu line up (vide Bon Jovi e Red Hot Chili Peppers esse ano). Sendo assim, mesmo não tão badalados quanto outros nomes dessa edição, não é difícil incluir o Weezer entre os shows mais relevantes do festival. Afinal, essa é apenas a primeira vez da banda no Rio de Janeiro em quase trinta anos de estrada.
E foi ao som de vários sucessos (seus e dos outros) que o grupo embalou sua apresentação no Rock in Rio. Com exceção de algumas canções específicas (como "Pork And Beans" e "Beverly Hills"), o quarteto dividiu seu repertório em dois momentos específicos da carreira: a fase inicial, baseada nos três primeiros discos, e a fase recente, que inclui um álbum completo de covers (The Teal Album).
A abertura com "Buddy Holly" foi uma ótima escolha para começar o show. Mesmo sem a mesma euforia dos fãs do Foo Fighters, era possível ver muita gente batendo a cabeça e cantando o refrão. Mantendo o mesmo visual nerd que os fãs adoram (com óculos, jaqueta jeans e dancinhas tímidas), Cuomo tentou de todas as formas se comunicar com os fãs e mostrar que estava realmente feliz estar no Brasil. "Vocês são muito foda", disse em bom português, arrancado risos e aplausos da plateia.
Entre as canções mais cantadas pelos fãs, duas do álbum verde, lançado em 2001 ("Island In The Sun" e "Hash Pipe") e as versões para "Lithium" do Nirvana (ainda mais num dia de Foo Fighters) e "Take On Me" do A-ha. Outra cover que funcionou bem no show do Rock in Rio foi "Paranoid", clássico do Sabbath.
No final da apresentação, o Weezer retornou ao seu álbum de estreia com a dobradinha "Buddy Holly" e "Say It Ain't So". Uma pena, no entanto, a primeira vez da banda no Rio não ter espaço para discos como Pinkerton e Maladroit. Mas aí seria perfeito demais.
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