Slayer se despede de São Paulo com casa cheia em noite de adoração ao puro peso
Tom Araya grita pela última vez em São Paulo [Foto: Stephan Solon / Move Concerts] |
Eis que a anunciada derradeira turnê mundial do Slayer chega ao Brasil e, antes de brindar o Rock in Rio na já famosa ‘noite do metal’, a talvez mais violenta representante do thrash metal mundial, e uma das mais bem sucedidas, aporta no Espaço das Américas para repetir o espetáculo que já cobriu boa parte do mundo e tem previsão de encerramento no mês de novembro – a Final World Tour.
Com bilheteria ‘sold out’, os 8.200 fãs que se juntaram na casa, receberam muito bem o Claustrofobia, banda paulista que goza de muito prestígio no exterior, e com várias tribos, como o pessoal do punk e hardcore, além do povo do metal, é claro, que foram encarregados de abrir o show. Set curto e certeiro, a banda empolgou o público em sua meia hora de palco, o suficiente para oito petardos, como “Bastardos do Brasil”, “Metal Maloka” ou “Peste”, que encerrou a apresentação.
Após breve intervalo, as luzes se apagam, começa a introdução instrumental de "Delusions of Saviour" e Tom Araya, Kerry King, Gary Holt e Paul Bostaph aparecem no palco com a faixa título do último álbum da banda, o furioso “Repentless”, de 2015. Daí em diante, não fica pedra sobre pedra no Espaço das Américas.
A apresentação não teve surpresas e, para quem acompanha a banda, sabe que seguiu o script do que vem acontecendo pelo mundo todo, uma verdadeira celebração de 38 anos de uma carreira brilhante dentro do thrash metal mundial.
Durante pouco mais de uma hora e meia, sem perder muito tempo para interagir com a galera, salvo duas intervenções de Tom Araya, a banda desfilou verdadeiros clássicos de seu som brutal, como “World Painted Blood”, “Postmorten”, “War Ensemble”, “Disciple”, “Chemical Warfare” e tantas outras, entoadas como hinos pelo público devotado e emocionado com essa despedida do Slayer da cidade de São Paulo.
A cada intervalo entre as músicas, espaço para respirar fundo e voltar ao agito logo nas primeiras notas da pancada seguinte. Detalhe que, apesar dos avisos dos produtores de que não seria permitido o mosh durante o show, o agito ocorreu normalmente, do início ao fim.
Com uma sequência com “Seasons in the Abyss”, “Hell Awaits”, “South of Heaven”, “Raining Blood”, “Black Magic”, “Dead Skin Mask” e o encerramento triunfal com “Angel of Death”, é absolutamente impossível estar ali de frente para a banda e não se entregar ao headbanging, pogo e afins. E assim se encerrou a trajetória da banda em São Paulo, de maneira avassaladora, em grande forma, o que fez todo o público pensar que ‘se tanta banda anuncia o fim e depois volta atrás na decisão, o Slayer pode ser mais uma dessas, fôlego eles tem de sobra’.
Ótimo texto
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