Rock in Rio 2015: Debaixo de chuva, A-ha faz o show mais nostálgico do festival
Foto: Adriana Vieira
Morten Harket mostrou no Rock in Rio que a voz continua em dia |
A edição deste ano do Rock in Rio ficou marcada pelo clima revival. No line up, artistas que fizeram a história do festival - como Queen, Faith No More, Metallica, Slipknot e Rod Stewart. No entanto, foi o A-ha quem fez a apresentação mais nostálgica dessa edição. Primeiro, porque a banda é exatamente a mesma que se apresentou em 1991, e segundo, é que eles parecem banhados em formol. Aos 56 anos de idade, Morten Harket não possui o mesmo approach com o público, mas sua voz continua incrivelmente em dia. Durante toda a apresentação ele permanece reservado, com poucas palavras e alguns agradecimentos. Da banda, quem fala mesmo é o tecladista Magne Furuholmen. Mais descontraído que o vocalista do grupo, Magne chegou a brincar com o público quando a chuva apertou na Cidade do Rock: "Vocês estão molhados aí?".
Por causa da forte chuva, o trio se apresentou sob uma tenda improvisada, e iniciou a apresentação com duas canções do álbum Scoundrel Days - a smithiana "I've Been Losing You" e "Cry Wolf", que fez a galera pular ao som de sua guitarra suingada. O primeiro grande sucesso da noite foi "Stay On These Roads", até que trovões anunciaram "Crying In The Rain", cover do Everly Brothers - popularizado nos anos 90 pelo A-ha. Com um repertório muito bem encaixado, os noruegueses não tiveram dificuldade para apresentar músicas mais recentes - duas inclusive, do disco lançado este ano, Cast in Steel.
Por ser um show baseado em seus vários sucessos, e com a banda totalmente em forma - às vezes tínhamos a impressão de estarmos ouvindo os discos -, o saudosismo bateu forte, e canções como "You Are The One", e "Hunting High And Low", caíam como drops de nostalgia na cabeça dos mais de trinta, presentes em minoria na Cidade do Rock. Músicas não tão populares quanto as citadas anteriormente, mas igualmente expressivas, como "The Sun Always Shines On TV", endossavam o reminiscente roteiro do grupo - que chegou ao fim no refrão chiclete de "Take On Me".
Bem menos festejados que os outros grandes nomes do festival, o A-ha também subiu no palco sem muito barulho. Só que devagar, na maciota, eles acabaram levando o prêmio de show mais nostálgico dessa edição de 30 anos do Rock in Rio com uma boa apresentação.
Foto: Adriana Vieira
Parabéns pela seriedade no seu trabalho! Ótima matéria, feita com responsabilidade e respeito.
ResponderExcluirFoi conciso nas observações e fez apontamento bem elaborados nos elogios sobre a apresentação do trio norueguês.
Queria que toda impressa fosse assim, que realmente estivesse lá e visse o quanto esse show foi incrível.
Parabéns Bruno!
Parabéns Rock on Board!
Parabéns, Bruno Eduardo, pelo excelente texto e pelos comentários tão atuais, sobre uma banda que marcou uma época...a minha época...e que nem era exatamente a sua época....kkkk. Mas o que vale é a maneira sempre correta como você descreveu os fatos e a trajetória do A-ha, de forma tão familiar, o que, aliás, é uma marca em seu trabalho. Parabéns, Rock on Board, por ter em seu cast, profissionais tão competentes!!!
ResponderExcluirParabéns, Bruno Eduardo, pela excelente matéria e texto, sobre uma das bandas que marcaram uma época que não era exatamente a sua e, mesmo assim, você descreveu a trajetória do A-ha em seus dias de glória, com muita competência. E parabéns também, para a fotografia de Adriana Vieira, que conseguiu resgatar do Morten Harket, sua melhor imagem neste festival. Parabéns Rock on Board, por ter profissionais tão bem capacitados em coberturas tão importantes como o Rock in Rio!!!!
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