Boa música e superação! Memora mostra no Rock in Rio a realidade da cena independente
Rafael Lima, da banda Memora: carisma no show do Rock in Rio (Foto: Adriana Vieira) |
"Qualquer banda do mundo quer tocar no Rock in Rio", disse por telefone o guitarrista do The Offspring, Noodles, em entrevista a este jornalista. Estamos falando de uma banda que já vendeu milhões de discos no planeta, que tem três décadas de estrada e todas as mordomias possíveis para se apresentar num festival renomado. Imagine então, a emoção de um artista independente, que precisou conquistar o direito de ter seu nome incluso no line up após vencer um concurso de bandas mega concorrido. É aí que entra a Memora, banda carioca, que está prestes a lançar o seu primeiro disco full - produzido por Felipe Rodarte (o mesmo que trabalhou com um par de bandas da nova geração, incluindo o ótimo "Brutown", do The Baggios, recentemente indicado ao GRAMMY latino).
O sonho de tocar num dos maiores festivais do mundo começa antes mesmo da banda conseguir subir no palco. Mas a concretização não vem de graça para uma banda como a Memora. Escalada para se apresentar no Palco Disctrict, o grupo carioca já tinha noção de seu desafio. E precisariam dar sangue e suor para conquistar a atenção do público, que estava lá para andar de tirolesa, roda gigante, comer pastel, jogar games, tirar selfies, e, sobrando um tempinho, ouvir músicas conhecidas (com as de Bon Jovi e Tears For Fears, que tocariam no mesmo dia).
Drenna Rodrigues, da banda Drenna, participou do show da Memora (Foto: Adriana Vieira) |
O problema é que, diferentemente do que deveria ser, a estrutura técnica dada ao show da Memora - um expoente do rock nacional - foi digna do pior que o underground possa oferecer. Os caras não tiveram direito a uma passagem de som digna, nem uma apresentação por parte da produção. O grupo teve de se contentar em subir no palco com o pior som testemunhado por este repórter em todos os dias de festival. Para ter uma ideia do drama, os PA's na primeira música encontravam-se fechados e era impossível escutar a voz de Rafael Lima, que fazia esforço para ser compreendido pelo público. Para completar o tratamento "primeira classe" (trocadilho com o transporte especial do festival), eles tiveram ainda o seu show podado (três músicas cortadas), e mesmo com o pedido do público para que tocassem mais uma canção, eles foram obrigados a deixar o palco - e assim, impedidos de tocar sua canção mais popular entre os fãs ("Ela").
O baixista Lucas Lima faz pose para nossa fotógrafa (Foto: Adriana Vieira) |
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Show, Bela matéria !!!!!!
ResponderExcluirFoi isso!! A Memora é essa banda sinistra nos bares do subúrbio como no palco do RIR. Com o melhor som ou com som do jeitinho que vc relatou aí, eles sobem em qualquer palco desse mundo e dá showzão mesmo!! Quem sabe em 2019 no Palco Sunset a coisa não será melhor, né? rsrs
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