Com sonoridade lapidada, Statues on Fire retorna com o visceral "Living in Darkness"
Alex, André, Regis e Lalo - Foto: Fábio Ponce (Divulgação) |
Com pouco mais de 5 anos de vida, o STATUES ON FIRE já tem muito a dizer: indo para a sua quinta turnê europeia, com o terceiro disco na boca do forno, a banda formada por ex-integrantes de Nitrominds, Musica Diablo, Kacttus, tem André Alves (guitarra e vocal), Lalo Tonus (baixo), Alex Silva (bateria) e o novato de banda Regis Ferri (guitarra) – em substituição ao ótimo André Curci, que saiu por motivos particulares, nos brinda com um disco furioso, com seu super bem feito punk rock hardcore, cuspindo revolta para todos os lados, principalmente contra a situação política reacionária que assola o Brasil, como no excelente primeiro single, divulgado em março, “Marielle”, que é auto-explicativa.
Tivemos o prazer de ouvir o disco Living in Darkness em primeira mão – o lançamento mundial está programado para dia 10 de maio, está sendo guardado como segredo absoluto, e o que ouvimos é uma bela continuação dos álbuns Phoenix (2014) e No Tomorrow (2016), são 12 faixas com um som visceral, ácidas letras de protesto, violento, mas com uma produção esmerada, bem acima da média a que estamos acostumados com outras bandas nacionais do mesmo nicho. Aqui, a parada é internacional.
O álbum começa com a faixa “Failure Misunderstand”, e já dá o tom do que vem pela frente, um grito de revolta contra o capitalismo selvagem, a exploração e, ao mesmo tempo, uma crítica ao povo que por vezes parece querer ser enganado, diante da cegueira que afeta a muitos diante de tudo de errado que vem de cima.
A segunda música do álbum, que também foi o segundo single apresentado pela banda, liberado agora em abril, “Time Stand Still”, segue no mesmo nível, palhetadas nervosas, som curto e direto, sem tempo para frescuras.
E impressionante que um som com essa qualidade tenha saído do ABC paulista, tem toda a cara das melhores bandas de hardcore da Europa e dos Estados Unidos, não ficam devendo nada a ninguém! E, no meio de tanta pancadaria, há tempo para um pouco de calmaria, na bela faixa “Letter to You”, que, segundo o vocalista André Alves nos disse, “é fora do contexto do álbum”.
E uma banda já estabelecida, com músicos experientes e história, com passado glorioso (basta lembrar que o Nitrominds, banda anterior de André e Lalo, fez QUATORZE turnês internacionais), presente contestador e imponente e futuro promissor, a continuar trilhando esse bom caminho escolhido. Que sigam crescendo sempre, pois vale a pena parar para ouvi-los.
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